Este é o segundo livro da autora, ou pelo menos o
segundo na “série” de rainhas/princesas de Portugal. Surgiu como dicotomia ao
seu primeiro livro, Filipa de Lencastre, que retratava a única inglesa que veio
a ser rainha de Portugal. Este livro aborda a única portuguesa que veio a ser
rainha de Inglaterra.
Comparado com o primeiro, é estranhamente menos
brilhante. Poderíamos dizer que se trata do facto de Catarina de Brangança ter
tido uma vida mais infeliz que Filipa Lencastre. Contudo, não terá tido uma vida
mais infeliz que D. Amélia de Orleães, a terceira rainha “romanceada” pela
autora, sendo que com esta última, IS quase que nos converte à monarquia.
Personagens muito idênticas povoam as suas páginas, talvez isso contribuindo
para que se adense alguma confusão neste nosso juízo.
Não nos deixa de trazer o dia-a-dia de Catarina de
Brangança, desde as suas mais remotas memórias até quase à sua morte. A autora
vai explorando a vida da princesa enquanto Infanta de Portugal e mais tarde
como Rainha de Inglaterra. Contudo, os períodos finais da sua vida (enquanto
rainha viúva em Inglaterra e depois em Portugal), aparecem explorados apenas em
duas cartas que a própria escreve a alguém. Seriam períodos com interesse em
explorar, inclusivamente o caminho até à hora da sua morte.
Já por várias vezes ouvíramos que este é o livro
menos bom da autora, algo que nos vemos obrigados a concordar.
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