"Ler é sonhar pela mão de outrem. Ler mal e por alto é libertarmo-nos da mão que nos conduz. A superficialidade na erudição é o melhor modo de ler bem e ser profundo."
Bernardo Soares
Livro do Desassossego

domingo, 12 de janeiro de 2014

As Duas Águas do Mar, de Francisco José Viegas


Este livro foi lançado pela primeira vez em 1992. As várias críticas que já ouvi a este livro dizem que não é um policial convencional. E a mim fez-me chegar a conclusão que gosto de policiais convencionais. Porque nesta coisa dos livros, o gosto é uma questão pessoal, e o meu não é este. 


Há um homicídio simultâneo nos Açores e na Galiza, que são investigados por polícias diferentes, e que se conhecem. Contudo, para além da coincidência da hora e dos investigadores se conhecerem, descobre-se também que os assassinados se conhecem, e são mais que meros conhecidos. 


A história dos personagens é boa. O mistério é adensado. No entanto, o autor perde-se em frequentes divagações e descrições, que me fazem perder o interesse na obra. Se as 355 páginas se transformassem em 200, teríamos uma história mais escorreita, mas menos introspetiva. Talvez o meu problema com este livro seja mesmo esse: é demasiado introspetivo, e eu gosto narrativas mais acelaradas e menos subjetivas.

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